

Conhecido como Tchimbasi, este bolseiro vive na Casa do Gaiato e está muito habituado à vida em comunidade. Cada um dos rapazes que vive na Casa do Gaiato (são cerca de 150) tem uma tarefa e o Manuel faz parte da equipa de apoio ao refeitório, ou seja, é responsável por preparar o refeitório e pela limpeza desse espaço. Quando o Manuel fala sobre as coisas que gosta de fazer, refere esta tarefa como algo que gosta muito, pois é um tempo em que contribuiu para a vida da Casa e onde aprendeu que o trabalho é muito importante.
Lembra-se que, quando chegou ao Gaiato, deveria ter entrado na 2ª classe, mas no final de umas semanas de aulas foi convidado a transitar diretamente para a 3ª classe. Como ele próprio explicou “foi a primeira vez que me disseram que eu era inteligente, eu não sabia”. Desde essa altura que passou a gostar muito da escola e de estudar.
Outra das coisas de que gosta muito é de animais e considera uma enorme sorte viver na Casa do Gaiato pois tem cavalos, cães, vacas, cabras e outros. Na Casa do Gaiato, todos os dias, há um momento comunitário em que os rapazes discutem os acontecimentos do dia e tomam decisões, o que contribuiu para o enorme sentido de autonomia e responsabilidade do Manuel.
A Bolsa de estudos da Fundação Penha levou o Manuel a mudar de escola e a conhecer novos professores e colegas. Considera que se adaptou muito bem e até já foi convidado a ser um dos representantes da escola numa atividade nacional.


